5 de abr. de 2012

Salmo 23

Certa vez um homem da cidade enquanto viajava pelo interior das Minas Gerais, resolveu evangelizar um matuto que estava sentado à praça de sua cidade. Sem titubeios ele começou a falar dos atributos de Deus, do amor de Jesus, além do cuidado do Senhor para com os seus. Entretanto, por maior que fosse o esforço do homem da cidade em se fazer entender, o caboclo nada entendia. Percebendo que não conseguia penetrar no coração do homem da roça, o evangelista resolveu recitar o Salmo 23 em “mineirês”:
O sinhô é meu pastô e nada há de me fartá
Ele me faiz caminhá pelos verde capinzá
Ele tamém me leva pros corgos de água carma
Inda que eu tenha qui andá
nos buraco assombrado
lá pelas encruzinhada do capeta
não careço tê medo di nada
pru-modi-quê Ele é mais forte que o “coisa-ruim”
Ele sempre nos aprepara uma boa bóia
na frente di tudo quanto é maracutaia
E é assim que um dia
quando a gente tivé mais-pra-lá-do-qui-pra-cá
nóis vai morá no rancho do sinhô
pra inté nunca mais se acabá...
AMÉIM!
Assim que terminou de receitar o Salmo 23 em “idioma mineiro”, o caipira abriu um largo sorriso, demonstrando que havia entendido a mensagem.